
a discreta historia da aldeia
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Solar dos Távoras
O Solar dos Távoras é um solar construído no final do século XV ou princípio do século XVI, na freguesia de Souro Pires, concelho de Pinhel, classificado como imóvel de interesse público pelo Dec. nº 32 973, DG 175 de 18 Agosto 1943.O seu nome advém do facto de estar ligado à família Távora, assim como a localidade de Souro Pires, cuja fundação é atribuída a Soeiro Peres de Távora.
As torres do solar tinham como função primitiva ser um elemento de defesa e de habitação, passando mais tarde a ser um sinal de importância e poder da família proprietária do solar.
Esta é uma das poucas Casas Senhoriais que nunca deixou a família, sendo frequentemente imemorizada por esse mesmo motivo.
Este imponente e notável edifício é considerado como o mais representativo das nobres casas do distrito da Guarda.
A culpa ou inocência dos Távoras é ainda debatida hoje por historiadores portugueses. Por um lado, as más relações entre a alta nobreza e o rei estão bem documentadas. A falta de um herdeiro masculino ao trono era motivo de desagrado para muitos, e o Duque de Aveiro era de facto uma opção.
Por outro lado, alguns referem uma coincidência: com a condenação dos Távoras e dos Jesuítas, desapareceram os inimigos de Sebastião de Melo e a nobreza foi domada. Adicionalmente, os acusados Távoras argumentaram que a tentativa de assassínio de D. José I teria sido um assalto comum, uma vez que o rei viajava sem guarda nem sinais de distinção numa perigosa rua de Lisboa.
Outra pista de suposta inocência é o facto de nenhum dos Távoras ou familiares terem tentado escapar de Portugal nos dias que se seguiram ao atentado.
A sentença ordenou a execução de todos, incluindo mulheres e crianças. Apenas as intervenções da Rainha Mariana e de Maria Francisca, a herdeira do trono, salvaram a maioria deles. No dia 13 de janeiro de 1759, começaram as execuções, a primeira foi Marquesa de Távoras, Dona Leonor, depois de muita tortura psicológica ela implorou para que matassem ela depressa e o algoz se posicionou e a decepou com um só golpe. Ela foi a primeira e uma das mais importantes do caso devido a suposta traição dela. Em seguida veio o D. José Maria, ele teve os braços e as pernas quebrados, enquanto outro carrasco lhe estrangulava. Após seguirem-se o Marquês de Távoras, o Conde de Atouguia, os plebeus Braz Romeiro, Manoel Ferreira e João Miguel, sentenciados da mesma forma, Antonio Alvares Ferreira e José Policarpo deveriam ser queimados vivos, o primeiro realmente foi queimado vivo, mas o segundo nunca chegou a ser queimado de verdade porque nunca foi apanhado.
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- ESTADO ACTUAL DO SOLAR