Trancoso se trouve aujourd’hui encerclé de murailles de granit, qui furent le témoin du mariage du roi Denis Ier de Portugal avec la Reine Sainte, Isabelle d’Aragon en 1282. Un château médiéval, datant de 1160 et plusieurs fois remanié depuis, domine ce majestueux ensemble fortifié.
Avec ses nombreux monuments, son architecture civile et religieuse, la ville constitue un des lieux les plus expressifs et les plus beaux de l’histoire du pays, visité annuellement par plusieurs milliers de personnes.
Se détachent, entre tous, les églises paroissiales de Sainte Marie et de Saint Pierre, la Maison des Arcs, du XVIe siècle, l’église de la Miséricorde, la Maison du Chat Noir (un curieux bâtiment de l’ancien quartier judaïque), et le Pilori, une pièce du plus pur style manuélin. Bien que le centre historique médiéval soit resté inaltéré, une ville moderne est née autour.
Dans cette ville sont nés deux figures importantes de l’histoire du Portugal: Gonçalo Anes Bandarra, cordonnier à l’origine du Sébastianisme et le Père Francisco.
Ici, ont eu lieu d’importantes batailles, parmi lesquelles la bataille de Trancoso en 1385, qui a imposé une première défaite aux troupes de Castille avant que la bataille d’Aljubarrota ne la mette complètement en déroute. Ces victoires ont assuré l’indépendance du Portugal vis-à-vis de son voisin et restent très fortes dans l’imaginaire collectif portugais.
Da Guerra Peninsular aos nossos dias
Embora existam informações sobre obras realizadas nas suas defesas ao longo dos séculos XIV e XV, o que atesta a sua importância regional, as fortificações de Trancoso só voltam a conhecer movimentação bélica durante a Guerra Peninsular, quando aquartelam diversos contingentes de tropas, entre os quais os britânicos do general William Carr Beresford, em 1809.
Em meados do século XIX, a Capela de Santa Bárbara, então em ruínas no interior do recinto, foi adaptada a paiol de pólvora, embora jamais tenha vindo a exercer essa função. À época, a Câmara Municipal autorizava a demolição de troços da cerca da vila, visando reaproveitar a pedra assim obtida em obras públicas, tais como a pavimentação das vias. Dentro dessa lógica, na passagem para o século XX foram demolidas algumas das antigas portas e as torres que as guarneciam.
O conjunto do castelo e das muralhas de Trancoso está classificado como Monumento Nacional por Decreto de 8 de Julho de 1921. Na década de 1930 fez-se sentir a intervenção do poder público, através da Direcção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais, que levou à recriação de diversos trechos destruídos, como troços de muralhas e ameias.
A antiga Vila de Trancoso foi elevada à categoria de Cidade em Dezembro de 2004. Recentemente, visando melhorar a oferta de serviços turísticos aos visitantes, a Câmara Municipal planeja disponibilizar um miradouro virtual no castelo, a entrar em obras com a colaboração de fundos oriundos do IPPAR, no âmbito do Programa de Aldeias Históricas de Portugal.
Características
O castelo com traços dos estilos Românico e Gótico, coroa, a Nordeste, o conjunto das muralhas da antiga vila medieval. Os seus muros são reforçados por cinco torres de planta quadrangular, encimados por ameias quasdrangulares, com terminação piramidal, e percorridos por adarve. No lado Sul do amplo pátio de armas, ergue-se a Torre de Menagem, de silhueta tronco-piramidal, com planta quadrada, apresenta porta em arco de ferradura, em estilo pré-românico.
A primitiva povoação contava com uma cerca de muralhas com aproximadamente um quilômetro de circunferência, reforçada por quinze torres. Nessa muralha rasgavam-se quatro portas, defendidas por torres e três postigos: